Lesão renal aguda afeta paciente hospitalizado

A lesão renal aguda ocorre em pacientes submetidos a cirurgias de alto risco que estão em tratamento intensivo ou que receberão algum meio de contraste para um estudo em particular, por exemplo, quimioterapia com cisplatina.

Esta condição causa doença renal crônica, que representa um problema de saúde global. Cerca de 80 mil pacientes no México estão em um estado terminal da doença, portanto a intervenção oportuna pode atrasar e impedir seu início.

Em geral, de cinco a 10% de todos os pacientes hospitalizados podem sofrer lesão renal aguda e, quando ocorre em terapia intensiva, até 50% deles podem morrer por essa causa.

A doutora Norma Bobadilla Sandoval, do Instituto de Pesquisas Biomédicas da UNAM Ele observou que é importante encontrar tratamentos que previnam a lesão renal aguda.

Pensou-se que, uma vez resolvido este problema, não havia mais consequências; no entanto, estudos epidemiológicos realizados em 2008 mostraram que a pessoa que sofreu pode desenvolver lesão renal crônica.

Da mesma forma, um estudo publicado este ano mostrou que pacientes que recuperam completamente a função renal após sofrerem lesão renal aguda podem desenvolver o estágio crônico, situação que tem levado pesquisadores a buscar os mecanismos e a origem disso.

O especialista, que trabalha com essa condição há uma década, explicou que a lesão renal aguda é caracterizada por uma queda no fluxo sanguíneo, ou seja, menos oxigênio chega ao tecido renal, sendo um dos segmentos mais lesados ​​o epitélio tubular, onde forma urina.

A fim de trazer a pesquisa básica para o bem-estar dos pacientes, o grupo de pesquisa do Dr. Bobadilla Sandoval iniciou dois estudos clínicos: um em colaboração com o Hospital Infantil do México Federico Gómez e outro com o Instituto Nacional de Ciências Médicas e Nutrição Salvador Zubirán (INCMNSZ), instituição na qual ele também colabora.

Na Infantil do México, trabalha em conjunto com a Dra. Mara Medeiros em um protocolo de dois anos com 20 filhos.

Os primeiros resultados mostraram que aqueles que receberam um tratamento específico, que eles sugeriram, têm melhor função renal do que aqueles que não receberam e continuam a fornecê-los. ciclosporina (droga imunossupressora que é comumente usada nesses casos).

Na INCMNSZ, juntamente com o Dr. Luis Eduardo Morales, eles trabalham com pacientes que receberão um transplante de rim.

A premissa deste projeto é que quando um tecido vai ser transplantado, o rim sofre períodos de isquemia (uma condição que impede o sangue de atingir os órgãos e tecidos do corpo). Este trabalho está sendo aplicado e espera-se que ele dê resultados o mais rápido possível.

Para concluir, Dr. Norma Bobadilla enfatizou que é importante encontrar mecanismos no nível molecular da lesão renal aguda, desenvolver novas terapias que bloqueiam a ação do aldosterona, além de prevenir o início do estágio crônico, além de procurar direcionar a pesquisa básica para o benefício dos pacientes.
 


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