O envelhecimento não está associado à perda neuronal

Uma série de estudos realizados na Faculdade de Medicina Veterinária (FMVZ) da Universidade de São Paulo (USP), no Brasil, sugere que o processo de envelhecimento não está necessariamente associado a diminuição no número de neurônios , essa contagem pode permanecer estável ou até aumentar nos idosos. A pesquisa é realizada na referida universidade sob a coordenação do estereólogo Antonio Augusto Coppi.

Em alguns dos casos que realizaram este estudo, o número de neurônios permaneceu estável ou até aumentou com o envelhecimento, segundo pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP.

Os estudos foram conduzidos sob a estereologia , uma ciência que permite a análise de amostras em três dimensões, incluindo profundidade. Essa técnica permite grande precisão no número total de objetos, bem como o tamanho real em volume e outros parâmetros.

Para o pesquisador Coppi, os estudos anteriores nesse campo que criaram uma relação entre o envelhecimento e a redução do número de neurônios foram realizados com técnicas menos avançadas.

Os especialistas da USP mediram por 9 anos partes do sistema nervoso periférico de diferentes animais, como roedores, cães e cavalos.

 

Os resultados

Entre os resultados, destacou-se que na maioria das espécies, o envelhecimento foi associado a um aumento no volume da massa dos neurônios. O aumento do volume é um mecanismo do organismo para manter a quantidade de substâncias produzidas por essas células, como os neurotransmissores, como forma de prevenir a redução de neurônios causados ​​por doenças ”, afirma Coppi.

Em relação ao número de neurônios, os resultados foram muito diferentes de acordo com as espécies e os estágios de desenvolvimento. Nos cães, o número de neurónios aumentou 700% com o envelhecimento, enquanto os roedores senis tiveram o mesmo número que os jovens e nos coelhos registou-se uma redução de 21%. "Os resultados sugerem que não há uma norma específica sobre o número de neurônios com o envelhecimento", segundo Coppi.

O estudo completo no site da Universidade de São Paulo //www.usp.br/agen/?p=29693


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