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Abril 2024
O que é progesterona para? A progesterona regula o crescimento de tumores cerebrais primários, determinados especialistas da UNAM e de outras instituições. Este hormônio sexual também está relacionado a outros tipos de câncer, como o câncer de mama e do colo do útero.
Os astrocitomas são os tumores cerebrais primários mais comuns e agressivos e os que causam o maior número de mortes no mundo, relataram Ignacio Camacho Arroyo, pesquisador da Faculdade de Química da UNAM.
Ele explicou que, diferentemente de outros tumores que se formam em diferentes órgãos e por metástase, chegam ao cérebro, os primários se desenvolvem no sistema nervoso central.
O coordenador dessa linha de pesquisa comentou que os hormônios sexuais não estão relacionados apenas aos aspectos reprodutivos, eles também estão associados à plasticidade ou ao humor neuronal.
"A progesterona pode modificar a atividade das células através de diferentes mecanismos, porque pode alterar a taxa de expressão de genes específicos ou produzir mudanças no comportamento das células", explicou.
Ao longo de 12 anos de estudos, os cientistas descobriram que a progesterona aumenta o número de células tumorais e modifica seu crescimento. Além disso, regula os genes responsáveis pela proliferação celular e metástase, características do câncer.
Os tumores primários se originam nos astrócitos, as células mais abundantes do cérebro, responsáveis por fornecer nutrientes ao tecido nervoso e, de acordo com suas características histopatológicas, são divididos em quatro graus. O primeiro grau do tumor é tratável com cirurgia, enquanto os graus três e quatro são tratados com quimioterapia ou radioterapia.
O prognóstico da vida do paciente diminui em relação ao aumento do grau de evolução do tumor, porque enquanto a expectativa de vida de um paciente grau 1 é de sete anos, a de um paciente grau 3 ou 4 é de um ano para três.
Camacho Arroyo explicou que a presença desses tumores costuma ser confundida com dores de cabeça, tontura e convulsões; somente até que o paciente detecte a recorrência dos sintomas, procure atendimento médico. "Normalmente, quando um paciente chega a um serviço neurológico, infelizmente ele o faz nos estados três ou quatro, quando o tempo que ele deixou e a qualidade de vida que ele terá são muito baixos."
O especialista em biomédica básica informou que atualmente, além do rádio e da quimioterapia, não existe alternativa terapêutica que possa prolongar a vida do paciente ou melhorar sua qualidade de vida. Foi assim que surgiu o interesse em estudar esse tipo de sofrimento e, como resultado, gerar uma terapia anti-hormonal no futuro.
Para concluir, Camacho Arroyo ressaltou que os tumores são mais comuns em adultos e mais frequentes em homens. "Não importa raça, sexo, idade e classe social, eles são tumores que podem acabar com a vida de qualquer pessoa que sofra desta doença."