Aborto inseguro ameaça a vida

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os abortos são classificados como seguros e inseguros. Para a OMS aborto inseguro É um procedimento que visa interromper a gravidez não planejada, e que é realizado por pessoas sem o treinamento necessário, em um ambiente que não atende aos padrões médicos mínimos, ou em ambas as circunstâncias, quando coincidem.

Estima-se que, em 2000, 27 milhões de abortos legais e 19 milhões de abortos ilegais foram praticados em todo o mundo.

95% dos abortos ilegais (abortos inseguros) foram praticados em países em desenvolvimento, e 99% das mortes devido a esses abortos também ocorreram nesses países.

O acesso para o aborto seguro é limitado Em muitos países em desenvolvimento, devido a restrições legais, barreiras administrativas que impedem o acesso a serviços legais para a realização de um aborto, barreiras financeiras e a falta de profissionais com treinamento adequado.

Na América Latina (LA), a taxa de complicações derivadas da prática do aborto ilegal é desproporcionalmente maior entre as mulheres das áreas rurais com recursos econômicos limitados.

 

Complicações na AL devido a abortos inseguros

  • A Organização Mundial de Saúde estima que, na América Latina e no Caribe, uma em cada oito mortes maternas se deve a um aborto inseguro.
  • Quase um milhão de mulheres nessas mesmas regiões são hospitalizadas anualmente para serem tratadas de complicações resultantes de abortos inseguros.
  • As complicações do aborto inseguro são aborto incompleto, perda excessiva de sangue e infecção. Outras complicações menos comuns mas muito sérias são choque séptico, perfuração dos intestinos e inflamação do peritônio.
  • As mulheres pobres que vivem em áreas rurais tendem a confiar em métodos menos seguros e prestadores de serviços não treinados. Estes são, portanto, os que mais provavelmente sofrerão efeitos colaterais sérios do aborto inseguro.
  • Na Guatemala e no México, especialistas no assunto estimam que entre 42 e 57% das mulheres pobres que fazem aborto sofrem sérias complicações para sua saúde, em comparação com 28 a 38% das mulheres em melhores condições econômicas.

Fontes: Organização Mundial de Saúde e o documento "Dados sobre o aborto e a gravidez não planejada na América Latina e Caribe" do Instituto Guttmacher.


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